Como e por que ocorrem?

Se você leu o título e pensou “Esse tema não é para mim” pelo fato de não ser atleta, saiba que, principalmente praticantes de atividades físicas esporádicas, como o futebol de final de semana com os amigos, estão ainda mais expostos a riscos de lesões pela falta de preparo físico. Então, de certa forma, podemos dizer que todo mundo está sujeito a lesões musculares, embora atletas de alto rendimento sejam o principal grupo de risco, já que o foco está na melhora de performance e não apenas na saúde do mesmo.

“Todo esporte oferece o mesmo risco, doutor?”. Não. Da mesma forma que músculos biauriculares (quadríceps, isquiotibiais e tríceps sural) são mais suscetíveis à lesão, algumas modalidades exigem mais de determinados grupos musculares e articulações. Vamos entender melhor?

Atletismo, futebol e basquete, por exemplo, são esportes considerados de risco, já que são praticados por atletas de alta velocidade. Durante a aceleração de um velocista, os músculos posteriores da coxa desaceleram a extensão do joelho e ficam sujeitos à lesão por estiramento. Outra explicação está no tipo de fibra muscular: músculos com mais fibras tipo II (de contrações rápidas e anaeróbicas) geram uma tensão maior que fibras tipo I (lentas e aeróbicas) e, portanto, estão mais associadas a lesões.

Vale lembrar que a lesão muscular típica precisa ser diferenciada da dor muscular tardia, que aparece após 12 a 48 horas da sessão de treinamento, sem episódio traumático.

Independente de sentir dor ou não, o melhor caminho para um atleta é um trabalho multidisciplinar, que una fortalecimento muscular, biomecânica do exercício, acompanhamento médico e nutricional e, assim evite lesões, preserve a saúde do atleta e obtenha melhores resultados em rendimento.