A síndrome da vida conectada

Verdade seja dita: não há como negar que as facilidades tecnológicas protagonizam uma evolução em áreas de suma importância para a sociedade como um todo, como é o caso da ciência.

Por outro lado, o uso excessivo de tecnologias, como os dispositivos móveis, pode prejudicar (e muito) a saúde da sua coluna vertebral.

E nesse cenário, a procura por tratamentos para cervicalgias e dores na região superior dos ombros aumentou significativamente nos últimos anos. O “culpado”? Bom, após estudos e comparações, os cientistas estabeleceram uma íntima relação entre a utilização exagerada de smartphones e tablets com o que foi conhecido por “Text Neck Syndrome”.

Embora não seja oficialmente médico, o termo “Síndrome do Pescoço de Texto” é designado para descrever as alterações na região cervical devido ao uso excessivo dos dispositivos portáteis citados acima.

Convido você a me acompanhar até o final do post para entender melhor sobre as causas e sintomas dessa síndrome. Está pronto?

Bom, antes de mais nada, é preciso saber que a cabeça de um indivíduo adulto acarreta uma sobrecarga de aproximadamente 5kg de força sobre o pescoço, em uma posição neutra. Quando o pescoço é flexionado para frente, a carga na região aumenta para 18kg a 30º e para 27kg a 60º de flexão.

Os sintomas variam de paciente para paciente, dependendo, inclusive, da gravidade do quadro. Por outro lado, existem alguns sinais comuns, como: dor na parte superior das costas, no pescoço e ombros; dor inespecífica; espasmos e contraturas musculares na cervical e trapézio.

Embora possa parecer uma condição simples, ela pode implicar algumas consequências capazes de comprometer a qualidade de vida do paciente. Vamos conhecer algumas?

  • Mobilidade prejudicada: ombros e parte superior das costas e ombros podem se tornar rígidos, dificultando a mobilidade;
  • Dor de cabeça: os músculos na base do pescoço podem sofrer espasmos provocando dor. Além disso, passar muito tempo olhando para uma tela pode aumentar o risco de fadiga ocular e dor de cabeça;
  • Aumento da dor na flexão de pescoço. Com a síndrome instalada, a dor na hora de fazer o movimento de flexão, torna-se ainda mais intensa.

“E existe tratamento, doutor?”. Sim, em geral ele costuma ser conservador, com o uso de anti-inflamatórios e fisioterapia. Mas vale lembrar que nenhuma conduta terapêutica será efetiva se você não mudar seus hábitos, diminuindo o uso de tais dispositivos ou, pelo menos, ficando mais atento à postura.